VNL ajuda Brasil a construir base para o Mundial de Vôlei Masculino 2025
A seleção brasileira conseguiu seu melhor resultado na competição desde o título em 2021, testando novos titulares sob o forte comando de Bernardinho.
O início do ciclo Olímpico para LA28 foi promissor para a seleção brasileira masculina de vôlei, que vem buscando retomar o brilho e as conquistas da primeira década do século.
A campanha na Liga das Nações de Vôlei (VNL) deste ano, com o terceiro lugar, mostrou uma equipe com uma energia renovada, ciente de onde precisa melhorar e disposta a realizar testes.
Com 13 vitórias em 15 jogos disputados, o Brasil foi o líder da fase preliminar, evitando adversários mais fortes nas quartas de final, um problema que o time vinha tendo em grandes competições anteriores. Mesmo sem chegar à final, a seleção deu um passo à frente em vez de retrair.
Confira abaixo como foi a construção da equipe durante a VNL e quais são os pontos de atenção para Bernardinho.
Cachopa, irmãos opostos e Maique se destacam na competição
De volta ao comando no início de 2024, o treinador do Brasil havia dito antes da competição que não poderia voltar a ser o “Bernardinho do Velho Testamento” – que cobrava os jogadores de forma dura – neste momento. No entanto, a torcida acabou aprovando as reações mais intensas do treinador.
Com a saída da seleção de Bruninho, que foi capitão por uma década, Cachopa assumiu a titularidade e foi estatisticamente o levantador mais eficiente da competição – apesar do prêmio da organização ter ido para o italiano Gianelli.
Na posição de oposto, o rodízio entre Alan e Darlan funcionou como nunca. O irmão mais velho de Dona Aparecida foi bastante regular no ataque e terminou a competição como maior pontuador do Brasil e oitavo no geral, com 159 pontos. Darlan também teve grandes momentos e foi especialmente decisivo no saque.
Em sua primeira competição como titular da seleção brasileira, o líbero Maique jogou como se a posição tivesse sempre sido sua. Ele foi o melhor defensor da VNL e o segundo melhor recebedor, de acordo com os números, sendo escolhido para o time ideal do torneio.
O meio de rede – que não tem mais Lucão – contou com Flávio na liderança, e Judson jogando lesionado. No último jogo, Matheus Pinta se destacou, colocando-se como opção também para o saque.
As posições com mais chances de rodízio no Mundial são as dos ponteiros. Lukas Bergmann e Honorato ficaram a cargo de receber e atacar durante praticamente toda a competição. O jovem Arthur Bento foi acionado em alguns momentos, assim como Adriano. Após se recuperar de lesão, o veterano Lucarelli também virou uma opção.
Com o início do Mundial em 12 de setembro, Bernardinho tem 38 dias para fazer os últimos ajustes e buscar o título que o Brasil não ganha desde 2010.