Governo do Estado dá início à retirada de água da estação Gávea do metrô
O Governo do Estado iniciou, na manhã desta quinta-feira (14/08), o esvaziamento dos cerca de 60 milhões de litros de água que ajudam a sustentar a estrutura da estação do metrô da Gávea, na Linha 4. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a Riotrilhos acompanham o processo de esgotamento dos dois poços, realizado pelo Consórcio Construtor Gávea, contratado pela concessionária MetrôRio.
A obra conta com todas as licenças ambientais aprovadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e têm monitoramento constante do local por equipamentos eletrônicos.
-Este é o marco inicial da retomada da construção da estação Gávea. A partir deste momento, a obra só será interrompida quando for concluída e entregue à população, com previsão de 36 meses de intervenção. O Governo do Estado trouxe a solução para um problema que representava risco para a região e, quando a obra terminar, mais de 20 mil pessoas serão beneficiadas. O Estado pretende investir na expansão do sistema metroviário e está trabalhando para melhorar a mobilidade em várias frentes – afirmou o governador Cláudio Castro.
Monitorada em tempo integral, a retirada da água que preenche os poços desde 2018 será feita lentamente, por questões de segurança, e está prevista para durar quatro meses. O deságue é feito por tubulações subterrâneas provisórias instaladas sob a Avenida Padre Leonel Franca, passando por uma caixa de decantação, até o curso do canal do Rio Rainha, de onde segue para o canal da Avenida Visconde de Albuquerque e, de lá, para o mar. A previsão é de que 250 mil litros de água sejam esgotados do local a cada 24 horas, o que representa a retirada de meio metro de altura de água por dia.
– A finalização da estação Gávea é um passo fundamental para viabilizar a expansão do metrô. Por isso, toda a negociação histórica feita para a retomada das obras e o esgotamento que começa hoje representam um marco para a mobilidade urbana do estado. Nos próximos meses, os moradores vão observar uma maior movimentação no pátio, com previsão de geração de 2.500 empregos no local, mas sem qualquer impacto no dia a dia da população -, destacou a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem.
Interligados, os dois poços têm, atualmente, 18 metros de diâmetro e 45 metros de profundidade cada um. Após o término das escavações da construção da estação, serão 52 metros cada. Os poços tiveram que ser inundados devido à pressão exercida pela água do lençol freático sobre a estrutura, que ainda não havia sido finalizada.
– Antes de serem esvaziados, foram instalados instrumentos que farão o monitoramento em tempo real da estrutura até a finalização das intervenções. Durante toda a obra, o bombeamento do lençol freático seguirá ativo – explicou o diretor de Engenharia da Riotrilhos, Rodrigo Faur.
Inea atestou boa qualidade da água dos poços
O Inea realizou vistorias técnicas durante os últimos 40 dias e também analisou os dados do processo de decantação, que será utilizado durante a liberação gradual e segura dos 60 milhões de litros de água. O consórcio construtor mantém uma equipe especializada, dedicada a cumprir todas as condicionantes presentes na licença, incluindo o monitoramento da qualidade da água, que será lançada no Rio Rainha. Todos os laudos analisados pelo órgão atestaram a boa qualidade da água.
Os técnicos também verificaram, no processo de licenciamento, a destinação adequada dos resíduos produzidos durante o período das obras, bem como as precauções com o transporte de cargas potencialmente perigosas. O trabalho de fiscalização do Inea ocorrerá durante todo o período da obra para observação o atendimento às exigências ambientais.
Próxima etapa da obra
Após o esgotamento dos poços, a próxima etapa será a detonação de um trecho de 140 metros de extensão de rocha – cerca de 140 mil toneladas de rocha, que deverão ser retirados ao longo de 11 meses por caminhões basculantes. Em paralelo, outras frentes de trabalho vão seguir em andamento, como o preparo para a instalação da via permanente e das estruturas da passagens de emergência.
O projeto inicial da Estação Gávea foi otimizado, com o objetivo de reduzir os custos e tornar viável a entrega do equipamento e do serviço à população o mais brevemente possível. O trecho do acesso da Estação Gávea no sentido São Conrado foi priorizado por estar quase concluído, faltando escavar apenas 60 metros.